"O melhor ainda não escrito. O melhor está nas entrelinhas". Clarice Lispector




"O melhor ainda não foi escrito. O melhor está nas entrelinhas". Clarice Lispector

MARÇO - 7º mês em Malaca

जीवन की तुम्हारे दिल में वादा

promessa de vida no coração.




A identidade e a alma portuguesa resiste de uma forma tão intensa e única, que, perante os factos, por vezes deixa-nos no silêncio.
Muito tempo de esquecimento, memórias que que foram levadas e que ficaram literalmente sem registo. Visitei várias campas... um cemitério genuíno de familias Pinto, Sousa, Silva, Costa, Pereira, Domingos e por aí adiante. Senti como se diz aqui "korsang cheiu di saudadi".
Histórias de piratas e marinheiros portugueses que "quase" conquistaram o mundo.

Recuso-me a aceitar opiniões de pessoas que dizem que não existe identidade portuguesa no bairro. Várias vezes perguntei se queriam que fizesse um desenho. Ou então disse: não fale do que não sabe. Tudo é discutível.
Quem conheceu o bairro português de Malaca e quem já conviveu com os portugueses de Malaca sabe que:
em cada casa existe uma história,
em cada casa existe um heroi,
em casa casa existem vários descendentes de portugueses,
em cada casa existem várias violas,
em cada pessoa existe o saudosismo e a expressão "saudadi".

Atenção: sem nunca terem visitado Portugal.
A verdadeira história reside nas pessoas.
Digo isto porque muitas vezes pensam que vão encontrar no bairro monumentos grandiosos... já foram muitos turistas que conheci que vieram com essa ideia.
Os que tenho oportunidade de conhecer esses ficam maravilhados.
Pergunto-me : porque demoramos tanto tempo ?

Sete meses passaram. Estão nas entrelinhas.

"O melhor ainda não foi escrito" Clarice Lispector

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